Depois de vários anos de degradação, e mais de seis de obras, foi parcialmente concluída a restauração do Palácio Capanema, antigo edifício do Ministério de Educação e Saúde, depois Ministério da Educação e Cultura. Na “reinauguração”, ocorrida ontem, foram agraciadas 114 personalidades, vivas ou mortas, com a medalha da Ordem do Mérito Cultural. O edifício é considerado uma das mais importantes obras primas do modernismo mundial.
A reabertura do Palácio Gustavo Capanema, marco indiscutível da arquitetura moderna brasileira, foi celebrada como um feito histórico para a cultura nacional. O evento reuniu autoridades, personalidades e instituições ligadas à cultura, destacando o simbolismo do edifício e sua trajetória de resistência e renovação. Contudo, a solenidade também trouxe à tona importantes reflexões: apesar do reconhecimento do Capanema enquanto ícone cultural, a presença discreta de profissionais e entidades do campo da arquitetura evidenciou desafios persistentes no reconhecimento pleno da arquitetura como manifestação cultural no Brasil.
O Palácio Gustavo Capanema foi reinaugurado na última semana e volta a sediar órgãos e setores da Cultura. O fato reafirma seu lugar como patrimônio simbólico da produção arquitetônica nacional e da vida cultural do país.
A proposta busca criar um espaço dedicado à memória e à reflexão sobre a arquitetura e o urbanismo em Curitiba, nos moldes da já existente Casa da Memória, administrada pela Fundação Cultural. A Casa do Arquiteto deverá abrigar acervos físicos e digitais, promover debates sobre os espaços públicos e sediar uma escola de formação continuada organizada pelo IAB.
O Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Espírito Santo (IAB-ES) lançou manifesto posicionando-se sobre a vocação do projeto do Cais das Artes como indutor da “valorização da identidade capixaba e da inserção do estado no cenário internacional”.
Divulgado no fim de março, o documento dispõe sobre a necessidade de encaminhar a continuidade das obras a partir de uma abordagem que relacione o conjunto arquitetônico com a promoção da valorização da identidade capixaba e da inserção do estado no cenário internacional. O projeto é de autoria do arquiteto capixaba Paulo Mendes da Rocha (1928-2021) e foi um dos seus últimos trabalhos.