No último dia 13 de dezembro, o Presidente Nacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Odilo Almeida, encontrou-se com o Ministro da Educação, Camilo Santana, em Fortaleza. Durante o encontro, o Presidente do IAB reforçou o pedido de audiência para tratar de dois temas importantes para a arquitetura e o urbanismo no Brasil.
O primeiro ponto abordado foi a aprovação, em agosto de 2024, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), das novas diretrizes curriculares nacionais para o curso de arquitetura e urbanismo. O IAB defende a manutenção das diretrizes aprovadas pelo mesmo (CNE) em dezembro de 2023, que permitem uma melhor formação profissional, conforme parecer técnico elaborado por especialistas da sua Comissão de Formação Profissional, amplamente divulgado.
O segundo ponto de pauta foi a proposta de parceria entre o IAB, a Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas (FNA) e o Ministério da Educação para o desenvolvimento de um software nacional baseado na tecnologia BIM (Modelagem da Informação da Construção). Este software seria destinado aos milhares de estudantes nas áreas de arquitetura e engenharia no Brasil, bem como aos profissionais já atuantes no setor.
Estima-se que cerca de um milhão de profissionais da cadeia produtiva da construção civil utilizem ou passem a utilizar softwares BIM, cujas licenças atuais de origem estrangeira possuem um custo anual entre 5 a 10 mil dólares por licença. Este alto custo resultaria em um impacto de 5 a 10 bilhões de dólares na pauta de importações do país. Além da questão financeira, o presidente do IAB destacou a importância da soberania tecnológica no setor como fator estratégico para o desenvolvimento nacional.
Em resposta às pautas apresentadas, o Ministro Camilo Santana solicitou que o IAB reforçasse o pedido de audiência no início de 2025, momento em que se comprometerá a tratar desses temas em maior profundidade.
O encontro reflete o esforço contínuo do IAB em representar os interesses da categoria e contribuir para o avanço da arquitetura e do urbanismo no Brasil.
