Conselho Superior do IAB atesta qualidade do concurso de projeto para Expo Osaka 2025 organizado pelo IAB-DF

Instituto lamenta as circunstâncias posteriores ao concurso que ocasionaram a não execução do projeto vencedor.

O Conselho Superior (COSU) do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), instância máxima deliberativa da instituição, aprovou moção que reafirma a qualidade e competência do Departamento do Distrito Federal (IAB-DF) na organização do Concurso Público Nacional de Arquitetura e Expografia para escolha do projeto do Pavilhão do Brasil na Expo Osaka 2025.

A deliberação do COSU lamenta a não execução do projeto vencedor do concurso, de autoria dos arquitetos Marcio Kogan, Renata Furlanetto e do curador Marcello Dantas, dos escritórios MK27 e Magnetoscópio – fato ocorrido após a finalização do certame, realizado em 2022 em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Além da qualidade arquitetônica, o projeto vencedor atendeu a todos os critérios orçamentários e logísticos estabelecidos nas bases do concurso.

“O Instituto de Arquitetos do Brasil lamenta que circunstâncias posteriores ao concurso tenham provocado a não execução do projeto premiado por parte da ApexBrasil, promotora do concurso, representando uma significativa perda para a projeção e reconhecimento da produção arquitetônica brasileira e para a representação do país em evento de tamanha relevância internacional. Essa situação não compromete, em absoluto, a qualidade e a legitimidade do processo conduzido pelo IAB-DF nem a excelência do projeto vencedor, que permanece como exemplo da capacidade criativa e técnica da arquitetura nacional, capazes de serem alcançadas e difundidas por meio dos concursos públicos de projeto.”, afirma o texto da moção.

A comissão julgadora do concurso contou com a participação de sete profissionais: os arquitetos Gabriela Bilá, Hiroo Nanjo, Leno Veras, Roberto Martins Castelo, Ruth Verde Zein e Sylvia Ficher e a filósofa e gestora cultural Aurea Vieira. Ao todo, foram avaliados 40 projetos.

“O IAB reafirma seu compromisso com a defesa e ampliação da realização dos concursos como a forma mais adequada para a contratação de projetos, modalidade recomendada pela Unesco, onde a escolha ocorre por critérios de qualidade”, finaliza a entidade.

O documento foi apresentado na 180ª reunião do COSU, realizado em São Luís nos dias 7 e 8 de junho e aprovado por aclamação. Esta e as demais moções aprovadas pelo Conselho estão disponíveis no site do IAB (iab.or.br). O COSU é composto por 234 conselheiros de todo o país.

A importância das feiras Expo e a tradição do IAB na organização dos concursos dos pavilhões brasileiros

Expo Nova York; fonte: site Arquitectura Viva

As feiras Expo (também denominadas Exposição Mundial, Exposição Internacional, Exposição Universal ou Feira Mundial) são grandes exposições públicas dos países realizadas a cada cinco anos em diferentes lugares. O evento teve início em 1851 em Londres e um de seus fatos mais marcantes foi a construção do Palácio de Cristal, onde os países apresentaram suas inovações. O Brasil passou a participar das Exposições Universais a partir de 1862.

Para distinguirem-se de outras feiras, os pavilhões de cada país são projetados com exclusividade para cada Expo, criando oportunidade para a apresentação da qualidade e criatividade da arquitetura mundial.

Ao longo da história das Expo, o IAB organizou sete concursos de projetos para a escolha dos pavilhões do Brasil:

Expo Osaka1970; fonte: site Archdaily

1939- Expo Nova York- EUA: Lucio Costa e Oscar Niemeyer.
1958- Expo Bruxelas – Bélgica: Sérgio Bernardes.
1970- Expo Osaka – Japão: Paulo Mendes da Rocha.
1992 – Expo Sevilha – Espanha: Angelo Bucci, Alvaro Puntoni e José Oswaldo Vilela
2015- Expo Milão – Itália: Arthur Casas e Marko Brajovic.
2020- Expo Dubai – Emirados Árabes: Ben-Avid e JPG.ARQ
2025- Expo Osaka – Japão; Marcio Kogan e Renata Furlanetto

A participação brasileira nas Expos é atualmente organizada pelo Governo Federal por meio da Apex Brasil.