Evento no Pavilhão da Oca reuniu mais de 3.500 visitantes e integrou ações institucionais em governança climática, cooperação internacional e articulação federativa.
A 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, inaugurada no dia 18 de setembro, no Pavilhão da Oca, marcou um dos principais momentos da agenda internacional do IAB em 2025. Assim como o Seminário Internacional “Construindo uma Agenda Urbana Mundial para a COP30”, realizado em São Luís, nos dias 5 e 6 de junho, a Bienal integrou o calendário de eventos que projetam a arquitetura e o urbanismo brasileiros no cenário global.
Com o tema “Extremos: Arquiteturas para um Mundo Quente”, a mostra segue até 19 de outubro, com expectativa de 40 mil visitantes e promovendo reflexões sobre os desafios da arquitetura e do urbanismo diante das crises climáticas, sociais e territoriais.
Evento central e papel do IAB
Promovida pelo IAB Nacional e organizada pelo IAB/SP, a Bienal reafirmou o papel da instituição como articuladora entre cultura arquitetônica, políticas públicas e cooperação internacional. A programação coincidiu com o 181º Conselho Superior do IAB (COSU), realizado entre 18 e 20 de setembro, também em São Paulo, reunindo dirigentes e conselheiros de todos os Departamentos estaduais e distrital.
Temas e deliberações
Durante o COSU, foram aprovadas deliberações sobre ensino de arquitetura e urbanismo, concursos públicos, tabelas de honorários e relações internacionais, além do manifesto “O IAB e a Soberania Nacional”. O encontro também definiu a realização do 22º Congresso Brasileiro de Arquitetos (CBA), que ocorrerá em Fortaleza, em agosto de 2026, em parceria com a 9ª ExpoConstruir, cuja expectativa de público combinado é de cerca de 20mil, sendo 5mil do Congresso e 15mil da ExpoConstruir.
Articulações e cooperação internacional
As atividades do mês começaram em Brasília, com a participação do Presidente Nacional do IAB, Odilo Almeida, nas reuniões do Comitê Interministerial de Mudanças Climáticas (CIM), onde tomou posse na Câmara de Participação Social. As discussões trataram da instalação das três câmaras consultivas do Comitê — Participação Social, Assessoramento Científico e Articulação Interfederativa — voltadas à formulação de políticas nacionais de adaptação climática e transição ecológica.
O IAB também participou da 81ª Reunião do CEAU/BR, do 1º Encontro de Conselhos e Entidades de Arquitetura e Urbanismo do Mercosul, da Primeira Reunião Ampliada entre o CEAU/BR e CEAU dos Estados e do V Encontro Internacional de Conselhos e Entidades de Arquitetura, atividades que ocorreram por ocasião da Conferência do CAU/BR, no período de 03 a 06 de setembro.
Em 09 de setembro, os representantes do IAB Odilo Almeida, Moraes de Castro e Luiza Dias, participaram de audiência no Itamaraty que encaminhou o Memorando de Cooperação Cultural Internacional entre o Ministério das Relações Exteriores e o Instituto, em comemoração aos 100 anos de cooperação entre as duas instituições.
Entre 18 e 22 de setembro, o IAB recebeu no Brasil uma comitiva de 32 arquitetos e autoridades chineses, organizada pela Sociedade de Arquitetura da China (ASC), em programação organizada com o IAB/DF, IAB/SP e IAB/RJ. A delegação participou de encontros na 14ª Bienal de Arquitetura, no Itamaraty, da reunião do Conselho Superior do IAB, em São Paulo, no IAB/RJ e de visitas técnicas ao Palácio Gustavo Capanema, Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e Museu de Arte Contemporânea em Niterói (MAC).
As instituições discutiram concursos internacionais, intercâmbio profissional e cooperação técnica, e tratativas para assinatura de Memorando de Cooperação entre o IAB e a Sociedade de Arquitetura da China.
Encerramento e próximos passos
As atividades no Rio de Janeiro também incluíram debates sobre os Congressos Mundiais de Arquitetos da UIA — realizados em 2021 (Rio de Janeiro) e previstos para 2029 (Pequim) — e reunião com a Secretaria Municipal de Urbanismo, acompanhada por dirigentes do IAB e da Sociedade de Arquitetura da China.
O conjunto de iniciativas realizadas em setembro integra a estratégia do IAB de aproximar a arquitetura e o urbanismo dos espaços de decisão pública, articulando cooperação técnica, cultural e política entre instituições no Brasil e no exterior.