O Congresso Brasileiro de Arquitetas e Arquitetos – Sul (CBA – Sul) visa fortalecer o caráter do ofício que constrói espaços no presente e fórmula horizontes de futuro. Se pudermos emprestar um verso de Caetano recentemente resgatado pelo crítico Guilherme Wisnik, trata-se de “lançar mundos no mundo”.

       Para tanto, devemos mapear e reunir iniciativas socialmente inovadoras de atuação profissional e política, identificar novas possibilidades de interação entre
teoria e prática, visualizar as profundas mudanças na formação e no perfil das universidades, o que inclui pensar as questões de classe, etnico-raciais e de
gênero. Não menos importante é buscar abordagens transversais e multidimensionais para os conflitos vividos no cotidiano urbano.

       O evento é uma realização do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Nacional (IAB-DN), em parceria com os IABs do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ocorrerá em Florianópolis de 21 a 23 de outubro de 2024. Os trabalhos a serem apresentados durante o Congresso serão na modalidade Trabalhos Científicos

       O Congresso Brasileiro de Arquitetos – Sul destina-se a estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais, estudiosos e pesquisadores das diferentes áreas de conhecimento afins aos campos arquitetônico e urbanístico.

1. EIXOS TEMÁTICOS E SUBTEMAS:

       O tema geral do CBA – Sul “Lançar mundos no mundo: processos de construção social“ será debatido à luz de três eixos temáticos:

       Eixo 1 – Pensar entre escalas: saídas para emergência climática: O ano de 2024 foi marcado por eventos climáticos extremos, cujas perdas humanas e materiais são incalculáveis. Todavia, técnicos e cientistas avisam há décadas para o fato de os eventos não serem meramente naturais, mas resultados de fatores antrópicos. O desmanche de marcos legais e da capacidade administrativas de órgãos públicos acirra tais processos. O eixo pretende pautar a reconstrução da capacidade institucional dos municípios na prevenção de desastres e planejamento para redução dos impactos. Isto inclui a identificação dos territórios que sofrem com o racismo ambiental, segregação e outras desigualdades que impactam as populações já vulnerabilizadas. Passa ainda pela defesa de um novo paradigma cidade-natureza, na qual redes de infraestrutura verde e azul se tornam fundamentais para a vida urbana.

       Palavras-chave: Planejamento e prevenção de riscos; racismo ambiental; justiça ambiental; gestão de riscos; cogestão; política urbana e transição energética; políticas adaptativas; tecnologias de baixo carbono; infraestrutura verde e azul; bens comuns.

       Eixo 2 – Arquiteturas populares, assessoria técnica e políticas territoriais: Vivemos um novo ciclo de popularização do ofício, com a presença de profissionais e estudantes em lugares onde a arquitetura não chegava. Tal ciclo é embalado por investimentos públicos e de nossas entidades profissionais, pela democratização do acesso às universidades públicas e privadas. Temos avanços, mas não sem contradições e novos desafios. O eixo visa trazer experiências avançadas nas quais a ATHIS, enquanto prática profissional, fortalece o desenvolvimento comunitário, as políticas territoriais e os agenciamentos populares.

      Palavras-chave: assessoria técnica; curricularização da extensão; canteiros experimentais; poéticas populares; movimentos populares; pesquisa extensionista; pesquisa-ação; ATHIS e saúde; ATHIS e ecologia; ATHIS e educação; tecnologias sociais; avanços e contradições da Lei 11.888/08.

       Eixo 3 – O campo ampliado do patrimônio: A disciplina do patrimônio se aproxima dos territórios e seus artefatos, da cultura material cotidiana e popular. Há deslocamentos nas reflexões, nas práticas e instituições. O eixo pretende mapear experiências nacionais e internacionais ligadas às preocupações mais recentes deste campo.

       Palavras-chave: patrimônio imaterial e salvaguarda; patrimônio e autogestão; usos cotidianos; patrimônio e antropologia; educação patrimonial; políticas de acervo; povos indígenas; povos ribeirinhos; povo negro; quilombos; artífices.

2. APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS PARA SELEÇÃO

2.1. O Congresso Brasileiro de Arquitetos – Sul (CBA – Sul) torna público o Edital de Chamamento para apresentação de trabalhos, na categoria – Trabalhos Científicos.

2.2. Somente serão aceitas inscrições de trabalhos em língua portuguesa e de acordo com os padrões definidos pelo edital.

2.3. Na modalidade Trabalhos Científicos: toda e qualquer ação ligada as práticas do conhecimento, da memória, da pesquisa, da extensão e da prática, que evidencie novas formas e processos da produção, bem como as novas formas de organização frente às necessidades contemporâneas de atuação profissional. 

3. INSCRIÇÕES

3.1. As inscrições para apresentação de trabalhos devem ser realizadas, exclusivamente, através de cadastro e preenchimento de formulário no site https://iab.org.br/cba-sul.

3.2. O prazo para realização das submissões será de 25 de julho a 15 de setembro de 2024, encerrando-se, impreterivelmente, às 23h59min (horário de Brasília). Não haverá recebimento de trabalhos científicos após o encerramento do período de submissões.

3.3. O ato de inscrição do candidato no processo seletivo implica a aceitação de todas as condições estipuladas no presente edital.

3.4. O CBA – Sul não se responsabiliza por problemas técnicos gerados pelo sistema durante o período de submissões.

4. INFORMAÇÕES SOLICITADAS NA INSCRIÇÃO DOS TRABALHOS

4.1. Dados do Responsável pela Inscrição (Nome, CPF, e-mail e telefone);

4.2. Dados dos coautores (caso houver: nome da instituição/coletivo/empresa, nome dos coautores, e-mail e CPF dos coautores);

4.3. Título do Projeto;

4.4. Eixo Temático (Eixo 1 – Pensar entre escalas: saídas para emergência climática; Eixo 2 – Arquiteturas populares, assessoria técnica e políticas territoriais; Eixo 3 – O campo ampliado do patrimônio );

4.5. Palavras-chave (de 3 a 5);

4.6. Anexo I com o Resumo (PDF até 1.000 palavras);

5. SOBRE OS ANEXOS

5.1. Anexo

5.1.1. O arquivo não deverá ter mais de 2MB padrão de folha A4, em formato PDF e não deverá superar as 1000 palavras.

5.1.2. O resumo deve identificar o problema a ser tratado, expor o objetivo, a metodologia, as seções que compõem o trabalho e considerações finais. Não sendo permitidas  imagens, quadros e tabelas.

5.1.3. Deverão ser retiradas do anexo todas as informações que possam identificar o(s) autor(es), tendo em vista que a avaliação será realizada de modo “cego”. No lugar dessas informações deverá constar “informação a ser reposta após a avaliação”. Não poderão ser inseridos links que identifiquem o autor da proposta.

5.1.4. Somente serão aceitas submissões de trabalhos em língua portuguesa. Não serão aceitos trabalhos que estejam fora dos padrões definidos pelo edital. 

6. CRONOGRAMA: